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Implantes

Implantologia e Prótese Fixa

Nas últimas décadas houve um grande desenvolvimento no que se refere à reabilitação oral. As melhorias havidas relacionam-se com a possibilidade da substituição integral de um dente perdido por um dente artificial suportado por um implante, o que veio evitar que o paciente com ausência de dentes use próteses removíveis ou que o dentista tenha de preparar (desgastar) dentes que venham a receber coroas pilares de próteses fixas.

Dr. António Pinhão Ferreira
Dr. António Pinhão Ferreira
Implantologia e Prostodontia

Os implantes, mais não são que parafusos (geralmente de metal biocompatível) com diferentes calibres e alturas, com roscas diversas para permitirem (na maior parte das vezes sob anestesia local), com instrumental rotativo próprio, a sua colocação nos ossos maxilares, mais propriamente nos locais correspondentes às raízes dos dentes perdidos que se pretende substituir.

Trata-se, portanto, de um parafuso especial e muito estudado.

Dr. António Pinhão Ferreira
Dr. António Pinhão Ferreira
Implantologia e Prostodontia
Dente implanto-suportado

Dente implanto-suportado

Se o paciente que precisa de colocar um dente artificial implanto-suportado pagasse apenas a manufatura e o material correspondente ao parafuso, bastariam meia dúzia de cêntimos. No entanto, o que o paciente habitualmente paga são as patentes devidas aos investigadores científicos que durante os últimos anos promoveram pesquisas para que a colocação desses implantes se revestisse de sucesso funcional e estético e não causassem danos no hospedeiro.

Habitualmente, os implantes são constituídos por materiais biocompatíveis para que o organismo não os identifique como corpos estranhos. O metal utilizado é, habitualmente, o titânio. Esse material biocompatível não deve provocar reações adversas do tipo inflamatório e deve consentir uma ligação intrínseca com o osso biológico que se denomina por osteointegração. Este fenómeno, que permite a ancoragem do implante no osso, demora em média quatro meses a processar-se.

O que quer dizer que, após a colocação de um implante, é vantajoso esperar cerca de quatro meses antes de colocar o dente artificial (coroa).

É possível, quando se perde um dente, substituí-lo por uma coroa apoiada num implante. Geralmente, o implante (fabricado em metal biocompatível) é colocado no osso maxilar com anestesia local. Se tudo correr bem, o implante liga-se ao osso por um processo biológico, denominado por osteointegração, num período de aproximadamente 4 meses.

Dente implanto-suportado

Gestão de espaço para colocar um dente implanto-suportado

Previamente à colocação de um implante, é preciso fazer um estudo das condições gerais e locais.

É importante que o paciente tenha boa saúde, já que a colocação de implantes passa por uma resposta biológica ao ato cirúrgico e ao próprio material que compõe o implante. Significa isso que há doenças e medicação que contraindicam parcial ou totalmente a colocação de implantes, razão pela qual é dever do paciente informar o médico dentista sobre os medicamentos que utiliza e sobre as doenças que o afetam.

Localmente é necessário verificar as condições de espaço na arcada dentária, i.e., se precisamos de espaço ou se há espaço a mais para colocar o dente implanto-suportado. Para isso, leva-se a efeito um exame clínico, faz-se um scan 3D das estruturas bucais e realiza-se uma radiografia panorâmica. Se o clínico verificar que o espaço não é adequado, poderá ser necessário colocar aparelhos ortodônticos no sentido de movimentar os dentes contíguos para melhores posições.

Havendo espaço adequado e sendo necessária a reabilitação, importa verificar se temos osso suficiente para caber e suportar o implante, nomeadamente no que se refere à espessura. Assim sendo, recorre-se à Tomografia Axial Computorizada (TAC) que, além de nos dar imagens muito seguras sobre as condições ósseas locais, permite que, em alguns casos, se peça a confeção de uma guia tridimensional que permita orientar o implantologista na colocação com segurança de um implante.

Nalguns casos, não há osso suficiente para consentir a colocação de um ou vários implantes. Quando tal acontece poderá ser necessário prover o local com mais osso. Isso pode ser conseguido colocando osso artificial em pó inerte (bio-osso) ou aplicando um enxerto de osso colhido noutra parte do organismo (maxilar, calote craniana, etc).

1 Se o espaço não é adequado, poderá ser necessário colocar aparelhos ortodônticos no sentido de movimentar os dentes contíguos para melhores posições. Neste caso, o dente molar posterior inclinou-se para a frente ocupando o local onde previamente estava o dente perdido, o que obrigou a colocar aparelho para verticalizar o molar e recolocá-lo na posição anterior.

2 Conseguindo o espaço, coloca-se o implante e aguarda-se cerca de quatro meses que se processe a ligação ao osso (osteointegração).

3 Tendo-se sucesso com a osteointegração, coloca-se a coroa, conseguindo-se assim a reabilitação fixa do dente perdido.

A colocação de implantes onde há falta de osso

Assim verificada a situação radiográfica e clinicamente, o implantologista, após anestesia local, abrirá o local operatório para curetar (raspar o osso) provocando algum sangramento e alargar a ferida separando as corticais ósseas.

Colocará então osso inerte em pó (bio-osso) na ferida operatória, o qual se misturará com o sangue que contem células que ajudarão a resolver o processo inflamatório criado e a remodelar um novo osso com dimensão própria para receber o implante.

Este processo de remodelação óssea, denominado de osteointegração, demorará cerca de quatro meses. Como já referimos, só depois se poderá colocar a coroa.

Nas figuras seguintes, exemplifica-se o processo de colocação de um implante num caso onde haja pouco osso para o integrar.

1 Colocação de osso artificial em pó (bio-osso) recoberto com uma membrana, sendo depois suturado.

2 Após a colocação do bio-osso, para que o paciente não ande sem o dente da frente, colocamos um dispositivo protético removível com um dente artificial. Se tudo decorrer be,m, o sangue embebe o osso artificial e, em cerca de 4 meses, formar-se-á um novo osso, cuja dimensão consentirá na colocação de um implante.

3 Quatro meses após, obtida a osteointegração do implante colocado no novo osso, podemos colocar a coroa.

A colocação de implantes onde há falta de osso extrema

Noutros casos mais graves com extrema perda de osso, é preferível optar-se por colocar um enxerto de osso nos locais onde queremos colocar implantes.

Nas figuras seguintes, exemplifica-se o processo de colocação de um implante nesses casos.

1 Nestes casos, coloca-se um enxerto do osso. Essas porções de osso podem ser recolhidas no mesmo tempo operatório em locais vários do corpo humano (ossos maxilares, ossos ilíacos, ossos da calote craniana), etc. A porção de osso é fixada com pequenos parafusos, que após a integração do enxerto serão retirados.

2 Agora, quatro meses volvidos, já temos osso com espessura suficiente para colocar o implante. Se tudo decorrer normalmente, processar-se-á a osteointegração do implante e poderá colocar-se a coroa.

A colocação de implantes quando há perda de dentes posteriores no maxilar superior

Outra situação frequente tem a ver com a perda de dentes posteriores no maxilar superior. Quando um paciente perde esses dentes muito cedo, a reabsorção óssea pode tornar a distância entre o rebordo ósseo e o seio nasal muito diminuta, ao ponto de não permitir haver altura para colocar implantes.

1 Para conseguir altura no osso leva-se a efeito um procedimento denominado levantamento do seio maxilar conhecido na literatura internacional como “Sinus Lift”.

Com anestesia local e sob medicação apropriada, descola-se a gengiva e expõe-se o rebordo ósseo. Na zona lateral abre-se uma janela óssea que permita inserir um instrumento com a finalidade de levantar a membrana de revestimento da cavidade sinusal.

2 Enchemos agora com osso artificial inerte (bio-osso) o espaço criado.

Esse osso irá misturar-se com sangue, o qual contém as células reparadoras e as substâncias necessárias à integração e remodelação de novo osso.

Este processo demorará cerca de seis meses, após o qual se poderão colocar os implantes, que também demorarão quatro meses a serem osteointegrados.

A ilustração do processo operatório encontra-se nas figuras seguintes:

Importa dizer que a colocação de um implante é um ato técnico-cirúrgico que obriga a adaptação dos tecidos biológicos circundantes na resolução da inflamação criada.

Habitualmente, sendo um clínico especializado e experiente, se foram utilizados materiais de alta qualidade e medicação própria, o implante fixa-se ao osso circundante na ordem dos 95% dos casos, resolvendo-se o processo reparador inflamatório em cerca de quatro meses (osteo-integração).

A perda de um implante não é um acontecimento catastrófico e deve ser entendido como problema local biológico.

Habitualmente retira-se, espera-se cerca de quatro meses e, após criterioso reestudo recoloca-se o implante.

Tal como os nossos próprios dentes, os implantes não duram sempre.

Volvidos vários anos pode gerar-se no osso circundante do implante uma inflamação conhecida como peri-implantite, que progredindo pode levar à mobilidade do implante e à sua perda.

A Ortopóvoa orgulha-se de ter o conhecimento e a experiência para promover reabilitações orofaciais complexas que envolvam dentes dento-suportados e implanto-suportados.

Além disso, temos laboratório próprio e técnicos para a confeção das coroas e facetas de cerâmica e garantimos a cobertura e assistência total dos nossos tratamentos.