Ortodontia
Cirurgia Ortognática

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O que é a Ortodontia e quem pode promover cuidados ortodônticos?

A ortodontia é uma das especialidades reconhecidas pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), cujo propósito é corrigir as posições dos dentes nas arcadas dentárias e direcionar os maxilares para uma relação mais equilibrada.

Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira
Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira
Especialista em Ortodontia

O principal objetivo da ortodontia é permitir uma harmonização estética da face e dos dentes e conseguir uma funcionalidade adequada das estruturas bucais.

A prática desta especialidade requer conhecimentos que, pela sua especificidade, obriga a uma formação pós-graduada na área ortodôntica após a licenciatura em Medicina Dentária, de acordo com normas adotadas pela maior parte dos países.

Legalmente, o título de especialista em ortodontia é obtido após exame público na OMD, o qual só pode ser requerido após a formação com aproveitamento, num curso de pós-graduação nessa área de conhecimento, conseguida em departamento universitário ou unidade de ensino superior, nacional ou estrangeiro, com a duração mínima de 3 anos a tempo parcial, ou de 2 anos a tempo integral. Só os médicos dentistas que obtêm o título de especialista através da OMD estão autorizados a utilizar publicamente o título de ortodontista.

Um ortodontista será, portanto, um médico dentista especializado que promove tratamentos ortodônticos para corrigir más-oclusões (formas incorretas de encerramento e articulação dos dentes).

Em Portugal, a especialidade de ortodontia foi reconhecida oficialmente em 1999. Por essa razão, recomenda-se a quem necessite de tratamento ortodôntico que, previamente, se informe sobre se o médico dentista que vão consultar é um especialista em ortodontia.

Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira
Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira
Especialista em Ortodontia

Na Ortopóvoa, o Diretor Clínico, Prof. Doutor Afonso Pinhão Ferreira é Médico Dentista Especialista em Ortodontia pela OMD desde 1999.

Para se certificar poderá telefonar para a OMD (22 6197690 / 21 7941344), para a Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF – 22 6099086) ou para a Associação Portuguesa de Ortodontistas (direcao.apo@gmail.com).

Quando é necessário o tratamento ortodôntico?

O tratamento ortodôntico é necessário quando se verificam más posições dos dentes e dos maxilares (más-oclusões), bem como problemas de ordem funcional nas estruturas bucais e faciais.

Assim sendo, um tratamento a efetuar por um ortodontista deverá promover os seguintes objetivos:

  • Conseguir uma face mais harmoniosa e um sorriso atraente, o que habitualmente resulta no aumento da autoestima do paciente com consequentes facilidades de inserção social;
  • Facilitar a higiene bucal, o que resultará na diminuição de futuros problemas nos dentes e nas gengivas e também no aumento da longevidade da dentição. Podemos verificar na figura seguinte as diferenças no estado de saúde das gengivas antes e depois de um tratamento ortodôntico;
  • Reduzir a probabilidade do risco de fraturas dentárias, especialmente quando os dentes estão posicionados muito à frente (protrusão);
  • Melhorar as funções próprias da boca e das estruturas adjacentes (mastigação e deglutição, respiração, fala e expressão facial);
  • Alinhar os dentes e quando possível os maxilares, restabelecendo a função adequada das estruturas bucais, o que irá ajudar os médicos dentistas e os outros especialistas a alcançarem melhores resultados clínicos nos tratamentos dentários, nos tratamentos periodontais, nos tratamentos reabilitadores com implantes e na colocação de próteses fixas e/ou removíveis;
  • Prevenir certos problemas nas articulações temporomandibulares (articulações que ligam a mandíbula ao crânio).

Quais as causas dos problemas ortodônticos?

Os problemas ortodônticos, nomeadamente as más-oclusões, podem ter origem em causas de natureza hereditária ou ambiental ou ainda uma combinação das duas. Na realidade, o tamanho dos dentes e o dos maxilares, assim com a relação entre eles, são caraterísticas que podem ser transmitidas de pais para filhos. Para exemplificar um fator hereditário, podemos dar como exemplo uma criança que “herda” dentes grandes do pai e maxilares pequenos da mãe. Nesse caso, os dentes não vão caber nos maxilares, e, por isso, ficam desalinhados (apinhamento).

Já os fatores ambientais são habitualmente consequência de hábitos prejudiciais, tais como a respiração pela boca, a sucção dos dedos e da língua, o roer das unhas ou de outros objetos (tais como canetas). Esses hábitos podem provocar movimentos incorretos dos dentes e alterações na forma e na posição dos maxilares repercutindo-se negativamente na estética da face.

Outra das condições que podem causar problemas ortodônticos é a perda prematura dos dentes temporários (“dentes de leite”) devido à cárie dentária. Esta situação deve-se ao facto de os dentes temporários manterem o espaço necessário para a erupção dos dentes permanentes.

Caso se perca um dente temporário, os dentes adjacentes movem-se para o espaço criado e “roubam” alguma dessa área. Quando chegar a altura de erupcionarem os dentes permanentes não haverá espaço suficiente, o que irá resultar num apinhamento e/ou outros problemas similares.

As más-oclusões

Existem três categorias de más-oclusões habitualmente tratadas pelos ortodontistas:

Os aparelhos ortodônticos

Os dispositivos usados durante o tratamento ortodôntico podem ser removíveis, ou seja, podem ser retirados e colocados pelos pacientes, ou podem ser fixos, i.e., estão permanentemente fixados nos dentes durante o período de tratamento e só podem ser removidos pelo ortodontista.

Normalmente sente-se um pequeno desconforto nos primeiros dias após a colocação dos aparelhos.

Ortodontia

Que tipo de aparelhos existem?

Aparelho fixo com ”brackets”

São os aparelhos ortodônticos mais utilizados.

São constituídos por suportes com sulcos onde se inserem os arcos metálicos que deliberam forças para deslocar os dentes para melhores posições.

Os suportes são essencialmente de dois tipos: os “brackets” que são colados às superfícies dos dentes e os tubos soldados às bandas, as quais são anéis metálicos cimentados em redor dos dentes que suportam forças mais elevadas.

Aparelho de expansão transversal
Aparelho de expansão transversal

Trata-se de aparelhos usados para a alteração da forma da arcada dentária.

Incluem-se nesta categoria os dispositivos de expansão removíveis que têm de permanecer na boca 24 horas por dia e também os dispositivos de expansão fixos.

Aparelho funcional removível (BIONATOR)
Aparelho funcional removível (BIONATOR)

São aparelhos removíveis ou fixos que podem ser usados para a correção dos problemas dos ossos maxilares. São usados quando o ortodontista pretende orientar, estimular ou inibir o desenvolvimento dos maxilares. Colocam-se em crianças muito jovens, sendo principalmente utilizados nos períodos da pré-puberdade ou na puberdade.

Os dispositivos funcionais removíveis são, na sua maioria, usados durante o período da noite e durante algumas horas do dia.

As vantagens dos dispositivos removíveis são a facilidade com que podem ser limpos e a possibilidade de poderem ser retirados durante as refeições. No entanto, nos pacientes em que se nota pouca ou nenhuma colaboração durante o tratamento, o fato destes aparelhos poderem ser retirados poderá constituir uma desvantagem, sendo por isso mais indicados os dispositivos fixos.

Aparelho extra-oral (Arco facial)
Aparelho extra-oral (Arco facial)

São dispositivos que desenvolvem forças capazes de modificar o crescimento dos maxilares e que podem ser utilizados também para mover os dentes para melhores posições.

Em certas situações podem ser usados como contra força para impedir que certos dentes se desloquem.

O aparelho extraoral é constituído por um arco facial e uma correia de tração aplicada no pescoço ou na cabeça.

Dispositivo auxiliar (Distalizador)
Dispositivo auxiliar (Distalizador)

São inúmeros os dispositivos que se utilizam em conjugação com os aparelhos fixos com diversos objetivos. De entre estes podemos citar, os elásticos, as cadeias elásticas ou certas molas especiais.

Estes dispositivos, utilizados complementarmente aos arcos inseridos nos “brackets” dos aparelhos fixos provocam forças que movimentam os dentes nos três planos do espaço. São usados sempre que se torna necessário movimentar os dentes com mais precisão.

Aparelho de contenção (Posicionador)
Aparelho de contenção (Posicionador)

Depois de obtida a correção dento-maxilo-facial (fase ativa do tratamento) torna-se necessário manter o resultado alcançado (fase passiva do tratamento), já que durante determinado período de tempo haverá tendência a que os dentes se movam para as posições prévias (recidiva).

A manutenção dos resultados, conhecida por fase de contenção, leva-se a efeito com dispositivos removíveis ou permanentes. A cooperação do paciente é crucial durante esta fase, para que se evite a recidiva, assegurando-se dessa forma a estabilidade dos resultados do tratamento ativo ao longo do tempo.

O tratamento ortodôntico em adultos

A importância da cooperação do ortodontista com outras especialidades

Os pacientes com problemas ortodônticos que não são assistidos quando jovens, podem beneficiar do tratamento ortodôntico na idade adulta.

O tratamento de adultos requer na maioria dos casos que haja uma cooperação do ortodontista com outras especialidades da medicina dentária ou da medicina (dentista, periodontologista, cirurgião oral, implantologista e protesista, endodontista, cirurgião plástico, cirurgião maxilofacial, etc.).

Estes tratamentos podem assegurar os melhores resultados funcionais e estéticos e representam uma vantagem para o paciente uma vez que beneficia das capacidades de tratamento das diferentes especialidades.

Tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortognático

Em certos casos existem más-oclusões muito graves, as quais, para além da correcção ortodôntica, necessitam de uma correcção cirúrgica dos maxilares.

A anomalia é tão grave que, se movêssemos os dentes ortodonticamente para chegarem à oclusão, eles sairiam dos ossos maxilares.

Com efeito, o que está mal são os próprios ossos maxilares que têm dimensões e posições desarmoniosas. Estas anomalias chamam-se de deformidades dento-faciais (DDF).

Para tratar as DDF, é necessário um tratamento interdisciplinar denominado de ortodôntico-cirúrgico-ortognático (TOCO).

Na ORTOPÓVOA, estes tratamentos são realizados pela equipa formada pelo ortodontista, Prof. Doutor Afonso Pinhão Ferreira e pelo cirurgião maxilofacial, Dr. Adriano Figueiredo, com o apoio do laboratório Ortopóvoa.

Este tipo de tratamento complexo e interdisciplinar consta habitualmente de três fases:

  • Uma preparação ortodôntica antes da cirurgia, onde se alinham e nivelam os dentes de cada arcada dentária de forma independente, tendo em vista a congruência oclusal aquando da cirurgia corretiva das dimensões e das posições discrepantes dos maxilares (cirurgia ortognática);
  • Uma cirurgia ortognática;
  • Um acabamento e finalização ortodôntica.

O TOCO é dos tratamentos mais compensadores do ponto de vista da reabilitação oclusofuncional e de melhoria da estética dentofacial.

É hoje um procedimento rotineiro onde a tecnologia e a experiência clínica permitem, sem qualquer cicatriz, uma alteração fantástica ao nível da face, maxilares e dentes, extraordinariamente compensadora para o paciente no que se refere á sua capacidade de influência relacional e ao aumento da sua auto-estima.

O percurso do paciente

Ortopóvoa acredita na gestão centrada no paciente. Assim, damos a máxima atenção à queixa principal do paciente e ao atendimento personalizado. Por essa razão, e apesar de imensas solicitações, nunca consideramos viável a hipótese de abrir filiais, já que não nos seria possível manter a mesma qualidade.

Acompanhe-nos no seu percurso pela Ortopóvoa.

Scanerização 3D das estruturas bocais
Scanerização 3D das estruturas bocais
  • Na primeira consulta, deverá dirigir-se à receção onde será recebido pela Liliana, que irá preencher a sua ficha identificativa e o acompanhará à presença da Diretora Administrativa Dr.ª Maria Alexandrina.
  • De seguida, será conduzido para o gabinete de recolha dos dados necessários ao estudo do caso. A Carina fará as fotografias intra e extra-orais, a scanerização 3D das estruturas bucais, a radiografia panorâmica e a telerradiografia da face em incidência lateral.
  • Por fim, e ainda para completar o processo de recolha de dados, será examinado pelo Diretor Clínico e Especialista em Ortodontia, Prof. Doutor Afonso Pinhão Ferreira.
  • Em seguida, o corpo clínico irá estudar o caso, considerando o diagnóstico, o plano de tratamento, o tempo necessário para a sua efetivação, o prognóstico e o orçamento.
  • Na recepção deverá deixar marcada uma nova consulta para ser informado do resultado do estudo, da proposta de tratamento ortodôntico e respectivo orçamento.
Apresentação do estudo do caso
Apresentação do estudo do caso​

Esta consulta é muito interessante, na medida em que, o paciente fica profundamente informado sobre todos os aspetos relacionados com o seu caso.

Acreditamos que uma boa decisão assenta numa informação completa. Por isso, aconselhamos a fazerem-se acompanhar pelos familiares e/ou amigos. A consulta processa-se em duas partes sempre com a ajuda de meios audiovisuais. Na primeira parte, será informado acerca dos aspetos burocráticos, como sejam:

  • Como funciona a Ortopóvoa;
  • Como se estudam os casos;
  • Como se colocam os aparelhos;
  • Qual o tempo de tratamento previsto;
  • Qual o orçamento e possibilidades de pagamento.

Na segunda parte o Prof. Doutor Afonso Pinhão Ferreira, falará dos aspetos clínicos relacionados com o caso, mostrando casos tratados de forma semelhante.

No final da consulta é enviado um documento PDF para o seu e-mail com todos os dados de diagnóstico utilizados, bem como um relatório escrito onde consta o plano de tratamento e o orçamento descriminado. Esse documento é acompanhado de um termo de responsabilidade timbrado, identificado, datado e assinado.

Preparação para a colocação dos aparelhos
Preparação para a colocação dos aparelhos

Após aceitar a nossa proposta de tratamento, o paciente irá ser preparado para a colocação dos aparelhos ortodônticos.

Poderá ser necessário previamente:

  • Fazer tratamento periodontal;
  • Tratar ou extrair dentes;
  • Fazer moldes para confecionar certos tipos de dispositivos ortodônticos;
  • Ou simplesmente, colocar separadores de dentes para facilitar a colocação dos aparelhos fixos, o que poderá ser feito na consulta de informação.
Instruções de higiene oral e cuidados a ter com os aparelhos
Instruções de higiene oral e cuidados a ter com os aparelhos

Nesta consulta iniciamos a fase ativa da correção ortodôntica.

Colocamos e ativamos os aparelhos e fornecemos instruções para o seu uso, nomeadamente no que se refere aos cuidados de higiene oral.

Para os primeiros dias, a Ortopóvoa oferece um kit ortodôntico que consiste: numa escova, num dentífrico, num colutório, cera de proteção e um escovilhão.

O paciente ou os seus responsáveis deverão assinar um consentimento informado, onde se explicam detalhadamente as vantagens e os inconvenientes do tratamento, ficando com uma cópia.

Segue-se a marcação da 1.ª consulta de controlo e ativação dos aparelhos (cerca de um mês a mês e meio).

Consultas de controlo mensal
Consultas de controlo mensal

Nas consultas seguintes (habitualmente de periodicidade mensal), iremos controlar a evolução do tratamento com:

  • A ativação dos aparelhos;
  • A colocação de dispositivos auxiliares (arco facial, elásticos inter-maxilares, etc.);
  • A reparação dos aparelhos quando necessário;
  • O controlo e motivação da higiene oral;
  • A tomada de fotografias intra-orais para registo da evolução do caso;
  • O controlo radiográfico anual;
  • A informação sobre a evolução do tratamento.

Após conseguidos os objetivos do tratamento ortodôntico e se ter verificado que os dentes estão alinhados e nivelados permitindo uma oclusão funcional, são removidos os aparelhos.

De seguida são moldadas as arcadas dentárias para a confeção dos aparelhos de contenção, isto é, dispositivos ortodônticos para uso noturno durante um certo período de tempo, que evitam que os dentes se desalinhem novamente assegurando a manutenção dos resultados.

Acontece habitualmente um mês após a remoção dos aparelhos fixos.

Nesta consulta:

  • Controlamos o ajuste dos aparelhos de contenção;
  • Fornecemos instruções sobre o uso dos aparelhos de contenção e sobre a sua manutenção;
  • Reavivamos os procedimentos de higiene oral;
  • Recolhemos radiografias e fotografias para analisar e avaliar os resultados do tratamento e verificar eventuais necessidades de tratamento dentário;
  • Elaboramos um relatório final do tratamento.

Se não acontecer nenhum imprevisto, o paciente deverá consultar-nos um ano após ter terminado o seu tratamento ortodôntico.

Esta consulta está incluída no orçamento.

Cuidados

Antes, durante e depois do tratamento ortodôntico, há informações a interiorizar e vários cuidados a levar em linha de conta, como sejam:

A sucção do polegar provocou uma mordida aberta anterior
A sucção do polegar provocou uma mordida aberta anterior

São muitos os hábitos adquiridos pelas crianças que podem causar problemas no desenvolvimento dos dentes e das estruturas bucais. Dentro desses hábitos nocivos podemos referir a respiração bucal (muitas vezes relacionada com adenóides grandes, bronquite asmática, alergias, etc.), tensão com crispação dos dentes, pressão lingual, mordedura e/ou interposição do lábio inferior, roer as unhas ou outros objetos (lápis, borrachas), mascar apenas de um dos lados, succionar o dedo, etc.

Nas crianças pequenas, o hábito de chupar os dedos pára habitualmente entre os dois e os três anos de idade, sendo que o dano causado é diminuto e resolve-se sem que seja necessária qualquer intervenção. A criança que, após essa idade, continua a praticar esse hábito pode esconder algum tipo de insegurança ou “stress” causados por razões tão distintas como sejam a ausência dos pais, a mudança de casa ou até de escola.

Nestes casos, para se erradicar o problema, torna-se necessário um certo apoio, algum afeto e mais comunicação com os jovens. Mesmo assim, em casos persistentes, o ortodontista pode apoiar o esforço dos pais com a aplicação de dispositivos que ajudem a criança a superar esse hábito. Gritar e castigar serão seguramente as piores abordagens possíveis. Pelo contrário, o que melhor resultará nestes casos será incentivar a criança para o esforço necessário ou recompensá-la quando atingido o objetivo.

Durante o tratamento é possível que tenhamos de extrair alguns dentes temporários (de leite), caso permaneçam na boca para além do tempo considerado aceitável. Já em certos casos, a extração ou não de dentes permanentes é uma decisão muito séria que o ortodontista deve ponderar. Tais situações acontecem quando se verifica uma desproporção entre o tamanho dos maxilares e o tamanho dos dentes (DDM – desarmonia dento-maxilar) ou ainda quando o desenvolvimento esquelético da face é desequilibrado (DMM – desarmonia maxilo-mandibular).O “timing” da extração e quais os dentes a extrair são determinados pelo ortodontista, o qual assume a responsabilidade científica e clínica dessa decisão.

Escovilhão
Escovilhão

O uso de aparelhos ortodônticos não representa qualquer risco para a saúde, desde que aplicados por especialistas em ortodontia e se respeitem todos os cuidados recomendados. Ora, um dos cuidados mais importantes é, sem dúvida, prática de uma boa higiene oral.

Mesmo assim, o uso de aparelhos ortodônticos favorece a retenção de restos alimentares e o desenvolvimento de placa bacteriana, produtora de ácidos que vão inflamar as gengivas (inchadas, vermelhas e sangrantes) e desmineralizar os dentes (provocando manchas irreversíveis e cáries). Por isso, é importante não haver falhas no que respeita à higiene oral.

Os nossos conselhos passam por:

  • Evitar comer ou beber alimentos açucarados e, quando os comer ou beber, lavar os dentes de seguida;
  • Escovar os dentes todos (os de cima e os de baixo, à frente e atrás, por dentro e por fora, sem esquecer nenhum, com pequenos movimentos rotativos) durante dois minutos contados pelo relógio, com uma escova nem muito dura, nem muito macia (renovada de três em três meses), após o pequeno-almoço, depois do almoço e antes de ir dormir;
  • Aconselhamos o uso de escovilhão, dado que permite limpar locais inacessíveis á técnica de escovagem usual. Na realidade, o pequeno escovilhão inserido com movimentos de vai e vem, nos espaços interdentários e entre os brackets, os arcos e os dentes, permite uma limpeza esmerada desses locais. Assim, recomendamos o uso do escovilhão antes da escovagem tradicional, pelo menos uma vez por dia, de preferência á noite. Alternativamente ao escovilhão, poderá usar o fio dentário;
  • Escovar a língua sempre que escovar os dentes (diminui o número de bactérias);
  • Sempre que ingerir alimentos nos períodos entre as escovagens dentárias, deverá bochechar com força três vezes com água (reduz o número de restos alimentares, de bactérias e de ácidos);
  • Bochechar com colutório fluoretado duas vezes por dia (de manhã e à noite).
Elásticos intermaxilares de Classe II
Elásticos intermaxilares de Classe II

O sucesso dos tratamentos ortodônticos depende de uma força constante pelos aparelhos ao longo do tempo. Em alguns casos é necessária uma força adicional para mover os dentes para posições corretas. É esta a função dos elásticos que o ortodontista pede para o paciente usar. E, se forem usados de acordo com as instruções do especialista, mais rapidamente se obterá um sorriso saudável e bonito.

Os elásticos intermaxilares, quando usados corretamente, podem provocar algum desconforto, tornando os dentes doridos durante um ou dois dias. Quando os elásticos não são usados de acordo com as recomendações do ortodontista, esse desconforto dura ainda mais tempo e os dentes demoram muito mais tempo a chegar à posição desejada.

Para se conseguir um melhor resultado com o uso dos elásticos:

  • É da responsabilidade dos pacientes colocar os elásticos correctamente, sendo importante ter a certeza que os está a usar regularmente e de acordo com as instruções recebidas;
  • O paciente deve trazer sempre consigo alguns elásticos para o caso de algum rebentar. Assim, poderá substituí-los quando precisar. Caso não tenha elásticos de reserva, deve contactar a ORTOPÓVOA para pedir mais;
  • Quando o paciente se esquecer de usar os elásticos, o que não deve acontecer, deve usá-los normalmente como indicado, o mais depressa possível;
  • Os elásticos perdem a força ao longo do tempo e, quando isso acontece, os dentes e os maxilares não estão a receber a pressão desejada. Por isso, é importante trocar de elásticos mesmo quando não estão rebentados;
  • Para escovar os dentes, os elásticos devem ser retirados e colocados novos logo depois, o qual deve ser feito em frente ao espelho.
Arco facial
Arco facial

O arco facial é um dispositivo auxiliar que pertence aos aparelhos extra-orais (dispositivos que deliberam forças no interior da boca com ancoragem no exterior da boca).

Trata-se de um aparelho ortopédico que desenvolve forças capazes de alterar o crescimento da face e dos maxilares. O arco facial utiliza-se também para mover os dentes para melhores posições ou para impedir que eles se desloquem quando isso for necessário.

O aparelho extra-oral é constituído por um arco facial e uma correia de tração com dispositivo de segurança. O arco interno do arco facial, insere-se nos tubos que estão soldados nas bandas, cimentadas à volta dos primeiros molares (pequenos anéis metálicos).

O arco facial deve ser usado todos os dias de acordo com as instruções (mesmo no dia de aniversário e de Natal), sob o risco de ser depois muito difícil vencer as barreiras que o organismo cria ao deslocamento dos ossos). Cada dia que não se utilizar o aparelho, implica uma semana de atraso no tratamento.

Deve ser colocado e retirado conforme as instruções para evitar lesões, apesar de o aparelho ter um dispositivo de segurança.

Sempre que o paciente for à consulta de controlo, deve levar o arco facial, e se tiver algum problema (como uma banda descimentada ou se o aparelho magoar) deve contactar a ORTOPÓVOA.

Máscara facial
Máscara facial

A máscara facial é um dispositivo auxiliar que pertence aos aparelhos extra-orais (dispositivos que deliberam forças no interior da boca com ancoragem no exterior da boca).

Trata-se de um aparelho ortopédico que desenvolve forças capazes de alterar o crescimento da face e dos maxilares. A máscara facial utiliza-se para avançar o maxilar superior e os dentes para melhores posições.

A máscara facial deve ser usada todos os dias de acordo com as instruções (mesmo no dia de aniversário e de Natal), sob o risco de ser depois muito difícil vencer as barreiras que o organismo cria ao deslocamento dos ossos). Cada dia que não se utilizar a máscara facial, implica uma semana de atraso no tratamento.

Sempre que o paciente for à consulta de controlo, deve levar a máscara facial, e se tiver algum problema (como uma banda descimentada ou se o aparelho magoar) deve contactar a ORTOPÓVOA.

Os aparelhos usados durante o tratamento ortodôntico podem ser removíveis (retirados e colocados pelo paciente), ou fixos (permanentemente fixados nos dentes durante o período de tratamento, só podendo ser removidos pelo ortodontista).

Há vários tipos de aparelhos removíveis, dos quais salientamos os mais usados:

  • Aparelhos biomecânicos (conhecidas por placas ativas);
  • Aparelhos funcionais (Bionator, Bimler, Frankell, Monobloco de Andresen, etc.);
  • Aparelhos de contenção (Placa de Hawley, goteira, etc.).
Aparelho biomecânico (Placa activa)
Aparelho biomecânico (Placa activa)

Os aparelhos biomecânicos são constituídos por dois componentes:

  • Uma porção em acrílico que no caso do maxilar superior cobre o palato;
  • Componentes metálicos (arcos, ganchos e molas em arame) que se fixam a esse acrílico e que servem para promover a retenção do aparelho na boca e desenvolver forças para deslocar os dentes.

Os aparelhos funcionais removíveis são usados para a correção das dimensões e posições dos ossos maxilares. Colocam-se em crianças jovens, sendo utilizados nos períodos da pré-puberdade ou na puberdade. Os dispositivos funcionais removíveis são usados todo o dia.

Aparelho funcional de Frankell
Aparelho funcional de Frankell

Estes aparelhos aproveitam a funcionalidade da boca para desenvolver forças com vetores mais adequados ao crescimento da face. Por exemplo, quando o paciente engole a saliva (o que faz 60 vezes por hora), é obrigado a fechar os dentes e, caso esteja a usar o aparelho funcional, esse fechamento será orientado para uma posição mais favorável ao crescimento e posicionamento da mandíbula.

Depois da remoção do aparelho fixo, para evitar que os dentes retornem às posições que ocupavam antes do tratamento, é importante mantê-los na posição final correta, principalmente nos primeiros anos após a correcção ortodôntica.

A função deste tipo de aparelhos é a de evitar a recidiva, ou seja impedir que os dentes voltem de novo para posições indesejáveis.

Aparelho de contenção (Placa de Hawley)
Aparelho de contenção (Placa de Hawley)

Para esse efeito, existem os aparelhos de contenção, geralmente de uso nocturno.

Existem também férulas de contenção para o mesmo efeito constituídas por um fio de arame, que é “colado” ou fixo pela parte de trás dos dentes anteriores, mantendo-os “unidos”, evitando assim o seu deslocamento.

O aparelho de contenção removível mais usado chama-se Placa de Hawley.

É constituída por uma placa de acrílico, ganchos de retenção e um arco vestibular.

Estes três componentes cooperam para a manutenção da posição final dos dentes.

Perguntas frequentes

Quanto mais cedo, melhor.

A prevenção é fundamental em qualquer especialidade médica ou dentária. Por essa razão, recomendamos que a primeira visita ao ortodontista seja antes dos sete anos de idade. Trata-se do momento ideal para o ortodontista observar o paciente, identificar os problemas, avaliar a sua gravidade e decidir o melhor momento para se iniciar o tratamento.

A ortodontia preventiva, dirigida aos pacientes muito jovens, pretende tratar algumas situações, tais como a perda prematura dos dentes temporários, a sucção prolongada dos dedos e as posições incorretas da língua. Nos casos onde se verifica a sucção dos dedos e a projeção da língua, torna-se possível interromper esses hábitos nocivos sem recorrer à colocação de aparelhos ortodônticos desde que, tanto os pais como as crianças, sejam devidamente instruídas e orientadas.

Os tratamentos levados a efeito entre os sete e os nove anos de idade correspondem à denominada ortodontia intercetiva. O seu propósito é promover tratamentos com o objetivo de evitar o desenvolvimento de problemas de ordem funcional e esquelética.

Se estes problemas não forem tratados precocemente vão consentir num crescimento e desenvolvimento incorreto das estruturas bucais e faciais.

Na figura seguinte, mostra-se o resultado de um tratamento intercetivo onde se corrigiu uma mordida cruzada anterior. A ortodontia corretiva trata as más-oclusões que já se apresentam completamente estabelecidas em crianças ou adultos.

Mordida cruzada anterior
Mordida cruzada anterior

O momento ideal para se iniciar o tratamento corretivo é determinado pelo ortodontista, dependendo da gravidade da situação e do estado de desenvolvimento dos dentes e dos ossos maxilares.

  • Melhor prognóstico para se evitar a extração de dentes permanentes;
  • Supervisão e orientação mais fácil dos problemas de natureza óssea, uma vez que o ortodontista pode controlar melhor o desenvolvimento esquelético antes do despontar da puberdade (ortopedia dentofacial);
  • Melhor resposta dos tecidos biológicos ao tratamento;
  • Adaptação mais fácil dos pacientes jovens aos aparelhos;
  • As crianças mais novas não se sentem apreensivas e, geralmente, não têm problemas de índole psicológica como os adolescentes;
  • Quando o tratamento é iniciado mais cedo termina antes da criança entrar na puberdade. Por essa razão, possuem mais autoestima do que os outros adolescentes, uma vez que melhoraram a sua estética facial;
  • Os pacientes adultos, cujo desenvolvimento ósseo já terminou, são mais frequentemente sujeitos a extrações de dentes permanentes ou, no caso de serem portadores de problemas esqueléticos graves, necessitam de cirurgia ortognática (para corrigir as dimensões e as posições dos maxilares).

Implantes

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Implantes

Implantologia e Prótese Fixa

Nas últimas décadas houve um grande desenvolvimento no que se refere à reabilitação oral. As melhorias havidas relacionam-se com a possibilidade da substituição integral de um dente perdido por um dente artificial suportado por um implante, o que veio evitar que o paciente com ausência de dentes use próteses removíveis ou que o dentista tenha de preparar (desgastar) dentes que venham a receber coroas pilares de próteses fixas.

Dr. António Pinhão Ferreira
Dr. António Pinhão Ferreira
Implantologia e Prostodontia

Os implantes, mais não são que parafusos (geralmente de metal biocompatível) com diferentes calibres e alturas, com roscas diversas para permitirem (na maior parte das vezes sob anestesia local), com instrumental rotativo próprio, a sua colocação nos ossos maxilares, mais propriamente nos locais correspondentes às raízes dos dentes perdidos que se pretende substituir.

Trata-se, portanto, de um parafuso especial e muito estudado.

Dr. António Pinhão Ferreira
Dr. António Pinhão Ferreira
Implantologia e Prostodontia
Dente implanto-suportado

Dente implanto-suportado

Se o paciente que precisa de colocar um dente artificial implanto-suportado pagasse apenas a manufatura e o material correspondente ao parafuso, bastariam meia dúzia de cêntimos. No entanto, o que o paciente habitualmente paga são as patentes devidas aos investigadores científicos que durante os últimos anos promoveram pesquisas para que a colocação desses implantes se revestisse de sucesso funcional e estético e não causassem danos no hospedeiro.

Habitualmente, os implantes são constituídos por materiais biocompatíveis para que o organismo não os identifique como corpos estranhos. O metal utilizado é, habitualmente, o titânio. Esse material biocompatível não deve provocar reações adversas do tipo inflamatório e deve consentir uma ligação intrínseca com o osso biológico que se denomina por osteointegração. Este fenómeno, que permite a ancoragem do implante no osso, demora em média quatro meses a processar-se.

O que quer dizer que, após a colocação de um implante, é vantajoso esperar cerca de quatro meses antes de colocar o dente artificial (coroa).

É possível, quando se perde um dente, substituí-lo por uma coroa apoiada num implante. Geralmente, o implante (fabricado em metal biocompatível) é colocado no osso maxilar com anestesia local. Se tudo correr bem, o implante liga-se ao osso por um processo biológico, denominado por osteointegração, num período de aproximadamente 4 meses.

Dente implanto-suportado

Gestão de espaço para colocar um dente implanto-suportado

Previamente à colocação de um implante, é preciso fazer um estudo das condições gerais e locais.

É importante que o paciente tenha boa saúde, já que a colocação de implantes passa por uma resposta biológica ao ato cirúrgico e ao próprio material que compõe o implante. Significa isso que há doenças e medicação que contraindicam parcial ou totalmente a colocação de implantes, razão pela qual é dever do paciente informar o médico dentista sobre os medicamentos que utiliza e sobre as doenças que o afetam.

Localmente é necessário verificar as condições de espaço na arcada dentária, i.e., se precisamos de espaço ou se há espaço a mais para colocar o dente implanto-suportado. Para isso, leva-se a efeito um exame clínico, faz-se um scan 3D das estruturas bucais e realiza-se uma radiografia panorâmica. Se o clínico verificar que o espaço não é adequado, poderá ser necessário colocar aparelhos ortodônticos no sentido de movimentar os dentes contíguos para melhores posições.

Havendo espaço adequado e sendo necessária a reabilitação, importa verificar se temos osso suficiente para caber e suportar o implante, nomeadamente no que se refere à espessura. Assim sendo, recorre-se à Tomografia Axial Computorizada (TAC) que, além de nos dar imagens muito seguras sobre as condições ósseas locais, permite que, em alguns casos, se peça a confeção de uma guia tridimensional que permita orientar o implantologista na colocação com segurança de um implante.

Nalguns casos, não há osso suficiente para consentir a colocação de um ou vários implantes. Quando tal acontece poderá ser necessário prover o local com mais osso. Isso pode ser conseguido colocando osso artificial em pó inerte (bio-osso) ou aplicando um enxerto de osso colhido noutra parte do organismo (maxilar, calote craniana, etc).

1 Se o espaço não é adequado, poderá ser necessário colocar aparelhos ortodônticos no sentido de movimentar os dentes contíguos para melhores posições. Neste caso, o dente molar posterior inclinou-se para a frente ocupando o local onde previamente estava o dente perdido, o que obrigou a colocar aparelho para verticalizar o molar e recolocá-lo na posição anterior.

2 Conseguindo o espaço, coloca-se o implante e aguarda-se cerca de quatro meses que se processe a ligação ao osso (osteointegração).

3 Tendo-se sucesso com a osteointegração, coloca-se a coroa, conseguindo-se assim a reabilitação fixa do dente perdido.

A colocação de implantes onde há falta de osso

Assim verificada a situação radiográfica e clinicamente, o implantologista, após anestesia local, abrirá o local operatório para curetar (raspar o osso) provocando algum sangramento e alargar a ferida separando as corticais ósseas.

Colocará então osso inerte em pó (bio-osso) na ferida operatória, o qual se misturará com o sangue que contem células que ajudarão a resolver o processo inflamatório criado e a remodelar um novo osso com dimensão própria para receber o implante.

Este processo de remodelação óssea, denominado de osteointegração, demorará cerca de quatro meses. Como já referimos, só depois se poderá colocar a coroa.

Nas figuras seguintes, exemplifica-se o processo de colocação de um implante num caso onde haja pouco osso para o integrar.

1 Colocação de osso artificial em pó (bio-osso) recoberto com uma membrana, sendo depois suturado.

2 Após a colocação do bio-osso, para que o paciente não ande sem o dente da frente, colocamos um dispositivo protético removível com um dente artificial. Se tudo decorrer be,m, o sangue embebe o osso artificial e, em cerca de 4 meses, formar-se-á um novo osso, cuja dimensão consentirá na colocação de um implante.

3 Quatro meses após, obtida a osteointegração do implante colocado no novo osso, podemos colocar a coroa.

A colocação de implantes onde há falta de osso extrema

Noutros casos mais graves com extrema perda de osso, é preferível optar-se por colocar um enxerto de osso nos locais onde queremos colocar implantes.

Nas figuras seguintes, exemplifica-se o processo de colocação de um implante nesses casos.

1 Nestes casos, coloca-se um enxerto do osso. Essas porções de osso podem ser recolhidas no mesmo tempo operatório em locais vários do corpo humano (ossos maxilares, ossos ilíacos, ossos da calote craniana), etc. A porção de osso é fixada com pequenos parafusos, que após a integração do enxerto serão retirados.

2 Agora, quatro meses volvidos, já temos osso com espessura suficiente para colocar o implante. Se tudo decorrer normalmente, processar-se-á a osteointegração do implante e poderá colocar-se a coroa.

A colocação de implantes quando há perda de dentes posteriores no maxilar superior

Outra situação frequente tem a ver com a perda de dentes posteriores no maxilar superior. Quando um paciente perde esses dentes muito cedo, a reabsorção óssea pode tornar a distância entre o rebordo ósseo e o seio nasal muito diminuta, ao ponto de não permitir haver altura para colocar implantes.

1 Para conseguir altura no osso leva-se a efeito um procedimento denominado levantamento do seio maxilar conhecido na literatura internacional como “Sinus Lift”.

Com anestesia local e sob medicação apropriada, descola-se a gengiva e expõe-se o rebordo ósseo. Na zona lateral abre-se uma janela óssea que permita inserir um instrumento com a finalidade de levantar a membrana de revestimento da cavidade sinusal.

2 Enchemos agora com osso artificial inerte (bio-osso) o espaço criado.

Esse osso irá misturar-se com sangue, o qual contém as células reparadoras e as substâncias necessárias à integração e remodelação de novo osso.

Este processo demorará cerca de seis meses, após o qual se poderão colocar os implantes, que também demorarão quatro meses a serem osteointegrados.

A ilustração do processo operatório encontra-se nas figuras seguintes:

Importa dizer que a colocação de um implante é um ato técnico-cirúrgico que obriga a adaptação dos tecidos biológicos circundantes na resolução da inflamação criada.

Habitualmente, sendo um clínico especializado e experiente, se foram utilizados materiais de alta qualidade e medicação própria, o implante fixa-se ao osso circundante na ordem dos 95% dos casos, resolvendo-se o processo reparador inflamatório em cerca de quatro meses (osteo-integração).

A perda de um implante não é um acontecimento catastrófico e deve ser entendido como problema local biológico.

Habitualmente retira-se, espera-se cerca de quatro meses e, após criterioso reestudo recoloca-se o implante.

Tal como os nossos próprios dentes, os implantes não duram sempre.

Volvidos vários anos pode gerar-se no osso circundante do implante uma inflamação conhecida como peri-implantite, que progredindo pode levar à mobilidade do implante e à sua perda.

A Ortopóvoa orgulha-se de ter o conhecimento e a experiência para promover reabilitações orofaciais complexas que envolvam dentes dento-suportados e implanto-suportados.

Além disso, temos laboratório próprio e técnicos para a confeção das coroas e facetas de cerâmica e garantimos a cobertura e assistência total dos nossos tratamentos.

Periodontologia

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O que é a Periodontologia?

A Periodontologia é a área da Medicina Dentária que se dedica ao estudo e ao tratamento do periodonto.

Este é constituído pelos tecidos periodontais, que rodeiam e suportam os dentes, nomeadamente a gengiva, o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal.

O Periodontologista é um médico dentista especializado no tratamento das patologias que afetam o periodonto.

Dr. João Coimbra
Dr. João Coimbra
Especialista em Periodontologia

Doença Periodontal

O principal agente etiológico da doença periodontal em humanos é a placa bacteriana.

No entanto, hábitos como o tabagismo, ou condições sistémicas como a diabetes não controlada, poderão também contribuir para o seu desenvolvimento, influindo na gravidade e rapidez da sua manifestação e na capacidade de resposta ao seu tratamento.

A forma de doença periodontal mais comum é a gengivite, que se caracteriza por um processo inflamatório reversível da gengiva. A gengivite é causada pela acumulação de placa bacteriana e tártaro em torno do dente. Nesta situação, a gengiva apresenta-se avermelhada (eritematosa, ao invés do tradicional aspeto rosa clarinho), com o seu volume aumentado (edema da margem gengival) e sangrante após o toque (durante a escovagem dos dentes ou após o uso do escovilhão).

A gengivite não tratada permite a sua evolução para periodontite, com envolvimento do osso alveolar e perda progressiva irreversível do suporte dentário por diminuição do nível clínico de aderência. Clinicamente, a periodontite caracteriza-se pela existência de reabsorção óssea com possível desenvolvimento de recessões gengivais, bolsas periodontais, mobilidade dentária e hemorragia gengival persistente após o toque (podendo mesmo nalguns casos haver presença de pus e mau hálito).

O tratamento da doença periodontal em fase precoce poderá ser limitado à remoção mecânica de tártaro e placa bacteriana, motivação e instrução de cuidados a ter na sua higiene oral em casa. Em casos mais avançados, com perda óssea já associada, a terapêutica poderá envolver a necessidade de aceder cirurgicamente aos locais mais profundos para que estes possam ser instrumentados. Poderão ainda ser promovidos procedimentos regenerativos para tentar recuperar o suporte dentário perdido.

O não tratamento dos casos mais graves implicará a perda dos dentes envolvidos. Uma vez tratada a doença na sua fase ativa, o paciente passará para uma fase estável, de suporte, em que a doença poderá ser controlada mantendo afastados os sinais inflamatórios característicos.

Casos ilustrativos

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Estética gengival

Cirurgia Plástica Periodontal

A Periodontologia contempla ainda um conjunto de procedimentos que visam proporcionar harmonia no sorriso e encontrar a estética gengival mais adequada a cada indivíduo.

Estas técnicas constituem a cirurgia plástica periodontal, que visa a correção de contornos gengivais incorretos, o restabelecimento da normal arquitetura de tecidos moles em torno do dente e o assegurar de condições ideais de higienização dos tecidos periodontais.

Com base no recurso a estes procedimentos é-nos, a título de exemplo, possível corrigir situações de exposição gengival excessiva durante o sorriso (denominado sorriso gengival, com presença de dentes aparentemente curtos) ou tratar defeitos gengivais que implicam exposição de raízes dentárias (recessões gengivais).

Na Ortopóvoa dispomos das mais avançadas técnicas de microcirurgia periodontal, que permitem satisfazer imperativos estéticos de exigência máxima através de intervenções minimamente invasivas, com recurso a instrumental microcirúrgico sensível e a dispositivos de ampliação do campo de trabalho.

Estas abordagens possibilitam a redução drástica da dor e do desconforto e potenciam resultados pós-operatórios altamente previsíveis, sem cicatrizes ou sequelas.

Invisalign

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Invisalign

O Invisalign é um aparelho ortodôntico que consiste num conjunto de alinhadores transparentes e removíveis, fabricados à medida de cada paciente de modo a mover os dentes para as posições objetivadas.

Para que os dentes se movam gradualmente para a posição desejada, cada alinhador é diferente do alinhador anterior, consentindo num pequeno movimento adicional.

É a aplicação do conceito de elastodontia. Trata-se de um método relativamente recente que tem evoluído muito, sendo os alinhadores confeccionados informaticamente após uma planificação informática do tratamento ortodôntico a três dimensões (ClinCheck).

Ortodontia

Em busca da estética e da harmonização dentária

A estética é um dos benefícios deste tipo aparelho. Sendo quase transparente, passa despercebido. Além disso, é removível, o que permite ao paciente retirá-lo para comer e permitir uma mais fácil escovagem dentária comparativamente ao aparelho fixo.

Alinhador Invisalign
Alinhador Invisalign

Como se processa a correção dentária com o Invisalign?

Para que os dentes se movam gradualmente para a posição desejada, cada alinhador é diferente do alinhador anterior, consentindo num pequeno movimento adicional.

A correção dentária é então realizada mediante o uso de uma série de alinhadores transparentes (chamados aligners) que encaixam perfeitamente nos dentes, fazendo uma ligeira pressão previamente calculada e planeada através de tecnologia avançada.

Os alinhadores são hoje fabricados com um material chamado SmartTrack que é bastante mais confortável, dado ser dotado de propriedades plásticas e elásticas. Estes alinhadores são adaptados exactamente até à linha da gengiva, permitindo um encaixe perfeito, sendo fáceis de colocar e de remover.

Em que consiste o ClinCheck?

O posicionamento dos dentes (posição inicial e final) é previamente estudado de forma informática através de scans 3D das arcadas dentárias, num processo concertado entre a INVISALIGN e a ORTOPÓVOA, denominado ClinCheck.

O ortodontista determina os objetivos do tratamento, os movimentos a levar a efeito nos dentes e a sua prioridade. A INVISALIGN envia uma proposta em formato informático, a qual pode ser visualizada quer pelo ortodontista quer pelo próprio paciente.

Scan das estruturas bucais (ClinCheck)
Scan das estruturas bucais (ClinCheck)

Em cada tratamento INVISALIGN, são projectados vários alinhadores intermédios que vão movimentando gradualmente os dentes desde a posição inicial até à pretendida. Cada alinhador é usualmente substituído cada 2 semanas até se obter o resultado final planeado.

Quero fazer uma correcção ortodôntica com o método Invisalign. Como proceder?

Se pretender uma correcção ortodôntica com o método INVISALIGN, o especialista em ortodontia da ORTOPÓVOA, Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira, tem a qualificação certificada (Curso Master INVISALIGN) para a utilização da tecnologia.

Nesse caso, deverá recorrer a uma primeira consulta na ORTOPÓVOA e informar que pretende um tratamento deste tipo.

1 – O Professor Doutor Afonso Pinhão Ferreira irá verificar se o tratamento é adequado ao seu caso, e, se o for, serão feitas fotografias intra e extra-orais, radiografia panorâmica, telerradiografia da face em incidência lateral e a digitalização em 3D da sua boca.

De seguida, o Professor planeará o tratamento ortodôntico que será enviado para a filial internacional INVISALIGN juntamente com os dados de diagnóstico apresentados de forma padronizada.

Todos estes dados irão ser utilizados para criar um plano de tratamento informático 3D (ClinCheck personalizado), o qual será enviado para a ORTOPÓVOA para ser retificado.

2 – A partir do momento em que o plano de tratamento foi elaborado, rectificado e acordado com o paciente, a INVISALIGN envia o conjunto de alinhadores e dispositivos auxiliares para a ORTOPÓVOA para dar início à correcção ortodôntica.

Caso tratado com INVISALIGN
Caso tratado com INVISALIGN

Facetas Dentárias

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Facetas Dentárias

As facetas dentárias são revestimentos muito finos que se colam nas faces visíveis dos dentes.

Dependendo das necessidades estéticas e do tipo de dentes envolvidos, para se colocarem facetas, poderá ou não, ter de se desgastar um pouco os dentes.

As facetas poderão ser colocadas para proporcionar uma aparência natural e melhorar a estética dentolabial em diversas situações, tais como: dentes fraturados, dentes lascados, dentes manchados, dentes desgastados, dentes desiguais, dentes desalinhados, dentes transparentes, diastemas (dentes com espaço entre eles).

Médicos Responsáveis

Dr. António Pinhão Ferreira
Dr. António Pinhão Ferreira
Implantologia e Prostodontia
Dr. Adriano Sousa
Dr. Adriano Sousa
Prostodontia e Oclusão

Tipos de facetas dentárias

Facetas
Facetas

Perguntas frequentes

  • Melhoria da estética dentária e do sorriso;
  • Restauração da anatomia bucal;
  • Melhoria da saúde gengival;
  • Melhoria das funções fonéticas e de mastigação;
  • Possibilidade de reparação no caso de fraturas ou manchas.
  • O procedimento de desgaste do dente para a faceta ser colada é irreversível;
  • Se a dentina estiver muito manchada, o dente poderá ter uma aparência mais escura quando o esmalte for desgastado, comprometendo a restauração final em termos de cor.

A limpeza das facetas dentárias é em tudo igual ao resto dos dentes naturais. Desta forma, deve escovar sempre os seus dentes três vezes ao dia com uma pasta dentífrica com flúor e, pelo menos à noite, usar fio dentário ou escovilhão e bocheche com elixir anti-placa. Todas estas ações diárias ajudam a remover os resíduos alimentares, não permitindo a formação de placa bacteriana e a acidificação consequente, cariogénica e inflamatória gengival.

As facetas cerâmicas duram, em média, mais de 10 anos.

Caso se deteriorem nesse intervalo de tempo, poderá ser necessário proceder a uma reparação ou mesmo à substituição da lâmina aplicada. Tudo depende da técnica usada pelo médico dentista e dos cuidados pessoais, de higiene e alimentares.

Endodontia

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O que é a Endodontia?

A endodontia, popularmente conhecida como “desvitalização”, trata as doenças da polpa dentária (conjunto de tecidos vivos com nervo, vasos sanguíneos e recetores de sensibilidade).

A polpa encontra-se dentro do dente, na câmara pulpar e nos canais pulpares, ajuda a irrigar (levar os nutrientes para o dente) e coopera para a sensibilidade do dente.

Dr.ª Vera Coelho
Dr.ª Vera Coelho
Endodontia e Dentisteria restauradora

Tratamento Endodôntico

Quando a polpa é agredida por uma cárie profunda, por tratamentos restauradores repetidos, bem como por traumatismos dentários, fraturas e desgastes acentuados fica inflamada. A inflamação faz inchar a polpa e soltar gases, comprimindo os recetores da sensibilidade, provocando dores que se vão agudizando, desde uma ocasional pequena sensibilidade dolorosa provocada pelas temperaturas, até dores espontâneas, violentas e insuportáveis.

Não sendo tratada, a polpa acaba por perder a vitalidade, constituindo-se num tecido morto ao qual o organismo reage, enviando para o local células reparadoras (glóbulos brancos), constituindo-se uma coleção de pus (abcesso) que o organismo drena através de uma fístula (pequena bolinha na gengiva). O dente continua vivo pois é irrigado através do periodonto, mas o seu interior tem tecido morto. Estes sinais e sintomas apontam a necessidade de tratamento endodôntico.

Consiste na preparação e desinfeção da câmara e dos canais radiculares para remoção de toda a polpa dentária. O tratamento acaba com um selamento / obturação dos canais, através da aplicação de um material biocompatível, de forma a impedir a entrada de bactérias (uma espécie de material “borrachoide” que o organismo não reconhece como corpo estranho).

O tratamento endodôntico pode ser feito numa única sessão ou em várias, dependendo do estado dos tecidos peri-radiculares.

Terminado o tratamento endodôntico, será indispensável a reabilitação da coroa clínica. Este tratamento permite salvar dentes naturais, preservando-os do ponto de vista estético e funcional.

Casos ilustrativos

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